Para um crescimento mais sustentado: reajustar a inovação tecnológica

Autores

  • Alberto Carneiro

Palavras-chave:

Inovação • Crescimento • Ajustamento • Tecnologias

Resumo

Vivendo ainda as consequências de uma crise económica, a União Europeia e os governos dos estados-membros têm de repensar os objectivos definidos e as metas estabelecidas e aceites. Existe uma clara necessidade de reequilibrar finanças públicas e empresariais a nível nacional, regional e local. Porém, a gestão prudente dos gastos não pode conduzir a um investimento reduzido no capital humano (educação), na inovação e na investigação, por estes serem elementos básicos para um regresso ao crescimento. Este artigo pretende apresentar algumas reflexões sobre modos de enfrentar os desafios que se colocam nas relações entre crescimento e inovação, sublinhando a sua dimensão tecnológica porque esta influencia não só o desenvolvimento industrial, mas também o domínio dos serviços, exigindo a formulação alternativa de uma nova abordagem que possibilite a incorporação contínua da mudança tecnológica em decisões de natureza económica no enquadramento institucional. Destacando a necessidade de ser criada e mantida uma cultura de inovação, este artigo sugere algumas propostas de trabalho que possam focalizar linhas de ajustamento nas quais a União Europeia deverá comprometer-se a curto e a médio prazo.

Referências

Acemoglu, D., Gancia, G. & Zilibotti, F. (2012). Competing engines of growth: Innovation and standardization. Journal of Economic Theory. Vol. 147, No. 2, 570-601.

Ahlstrom, D. (2010). Innovation and Growth: How Business Contributes to Society. Academy of Management – Perspectives. Vol. 24, No. 3, 11-24.

Baltabaev, B. (2014). Foreign Direct Investment and Total Factor Productivity Growth: New Macro-Evidence. The World Economy, Vol. 37, 2311-334.

Carneiro, A. (2005). How technologies support winning strategies and productivity. Handbook of Business Strategy 2005, 257-263.

Carneiro, A. (1995). Inovação – Estratégia e Competitividade. Lisboa: Texto Editora, Colecção “Textos de Gestão”, Patrocinado por INETI, Agência de Inovação, S. A. e Andersen Consulting, 1995, ISBN: 972-47-0622-2.

Carneiro, A. (2007). What is required for growth? Business Strategy Series. Vol. 8, No. 1, 51-57.

Duernecker, G. (2014). Technology Adoption, Turbulence, and the Dynamics of Unemployment. Journal of the European Economic Association. Vol. 12, 3724-3754.

EC – European Commission – Innovation Union Scoreboard 2014 (2014). The Innovation Union’s performance scoreboard for Research and Innovation. Executive summary. EN version. Disponível em http://ec.europa.eu/enterprise/policies/innovation/files/ius/ius-2014-summary_en.pdf

EC – European Commission. (2013). Innovation Union Scoreboard 2013. ISBN: 978-92-79-27583-8.

EC – Commission Staff Working Document. (2009a). Challenges for EU support to innovation in services – Fostering new markets and jobs through innovation. PROINNOEurope® Paper n° 12.

EC – Commission Staff Working Document. (2009b). Making public support for innovation in the EU more effective: Lessons learned from a public consultation for action at Community level. SEC(2009)1197 of 09.09.2009b.

George, G., McGahan, A. M. & Prabhu, J. (2012). Innovation for Inclusive Growth: Towards a Theoretical Framework and a Research Agenda. Journal of Management Studies. Vol. 49, No. 4, 661-683.

Griffith, R., Redding, S. & Van Reenen, J. (2004). Mapping the Two Faces of R&D: Productivity Growth in a Panel of OECD Industries. The Review of Economics and Statistics. Vol. 86, No. 4, 883-895.

Koschatzky, K. (2001). Networks in Innovation Research and Innovation Policy – An Introduction. Technology, Innovation and Policy, Vol. 12, 3-23.

Varga, J.; J. in’t Ved. (2013). The growth impact of structural reforms. Quarterly Report on the Euro Area. Vol. 12, No. 4, 17-27.

Downloads

Publicado

2017-05-15